January 29, 2021

Agora é essa vez. Acordei e decidi tirar aquele negócio que me faz perder tempo e suja minha aura. Quero suar de outras formas. Ontem foi forte quando disse troços de 39 – espiritualidades, pigmentos de fechamentos, aberturas de guela. Tô ligado, já sei me segurar no rio e deixar o rio ir na gente, segurar as pontas, apontar o lápis. Semana passada foi coisa de corpo muito deslizante, vacilei, o cara me sugou quase, não me apoiei na margem, ai cê já viu, né? Voltei porque chorei. Chorar no lugar de mastigar em excesso. Aprender a refazenda de um amor vivo, comida, comer de outro jeito, meter de outro jeito: me ter de outro jeito. Ver que o romance do passado só lança no futuro o meio do presente amável. Vai lá, tô guardado na receita, sem preguiça, vi a garota escrevendo, na agenda verde, a criação do zé alto. A base é amendoim germinado com passas. Depois coloca jaca. Depois coloca banana e raspas de limão batidos. Depois coloca pinha e abacate batidos. Depois mistura tâmara, mamão e abacate de novo. Minha cereja é um figo sem terminar: a alegria veio, fez um raio, delírio, mágica, bombom.


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