April 28, 2011

From the seen to the told

Sim. Enxergo a água vinda dos seus rastros. É doce. Água abundante. O guarda-chuva no canto espreita nosso reverso. Eis a próxima colheita - enxergo, profetizo, lado-a-lado. Estamos um. As teorias investigativas dissecam nossos corpos.  Não adiantará.  O sol já há. Eu me comprazo. O sol há nos canteiros, florestas, nos departamentos confusos. O sol elabora roupas transparentes em nossas testas e recria freqüências. Falávamos dessa vez da cidade natal, da mãe, dos ossos esculpidos entre os queijos e caquis postos na mesa. Até riríamos, rimos. Rimos sempre: alegria. E choramos sem desconfiar do fôlego do presente.  Eu enxergo a vontade aberta dos seus braços, o jeito das tranças, a força dos lábios, loucuras do busto, delicadeza das pernas, cotovelos nas costas.  Eu enxergo manjares, lavouras, writes back. Estou confrontado com todos vestígios, amigo. 

4 comments:

Ellen Joyce said...

Queria até citar uma parte, mas ñ adianta, gostei de tudo!

Daniel Farias said...

quanta imagem iluminada. e que beleza.

Lorena Grisi said...

Ai que bonitinhoooo... e eu com as teorias investigativas que tentam dissecar os corpos...

Beijocas!

LÍVIA NATÁLIA said...

Coisa linda! Muito bom!!!