August 31, 2017

diário de ontem

Cheguei. Ela estava com um salto bafoneiro e uma unha rosapinkchoc. Tá, querida? Trá! Cho-ki-tha! Estou com o olho tapado, mas enxergo luzes até por trás da parede. Ai que uó, eu. Eu falei que queria flertar com narrativas. Isso é em setembro, louca! Que louca! Risos. Foi um equívoco. Não sei. Foi. Escutei a  história das 3 cabeças de ouro. Horripilante. A moral é tão horripilante. Não, eu não queria, não quero entender aquele poema, mas quando Anastácia juntou Madrugada e Exu, tudo fez um sentido-sopro no meu ouvido. Era para ser uma semana de despedidas e, de repente, veio esse encontro-epistemologia inédita.  Uau! Preciso ter mais 5 vidas - vounegociarcomBrisa. Porque, porra, para desfazer os spectros do ocidente, cacete, é muito tempo: morte e renascimento. Tem sido uma semana de cuidado com o olho esquerdo e não (esqueci o que ia falar, se eu colocasse uma reticência, você entenderia?). Anotei nome de muitos livros e quando disse de excessos e abandonos foi mais um ponto de vista amoroso. Sejamos amigos - é tão difícil. Minha solidão é minha amiga. Foi bom ler em outra língua. Escrevi sobre apodrecimentos. Foi foda e foi bom. Faltou falar, acrescento agora,  do meu nome. Tentei fazer um poema para Saulo. Saulo foi meu bisavô materno. Ele era judeu e casou com minha bisa índia Rosa. Três meses depois de flechados, Saulo morreu. Por isso, meu nome. Céu colocou esse nome meu. Se fosse mulher, seria Sara. Sara veio depois. Eu, homem, entre as 7 mulheres da minha casa. É muito assunto aqui. Outra coisa, você tem razão - escrever e ser artista-sinuosidades, apesar e através do cotidiano áspero, sufocante e reto.

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