March 27, 2014

Hiato sobre uma parada aquática

Um dia antes, um outro cara falava de corpo e afeto. Eu estou investigando uma política cotidiana do afeto. Essa semana foi uma semana de começos. Eu escrevi começo feito um pássaro assobiando uma espiral sem origem. Começo para pedir continuidade de giro e acaso. Eu tenho muita coisa para dizer. Eu tinha. Muito tiro entrou pela culatra. Muita paz. Faz um pouco mais de um mês que aconteceu um dos dias mais importantes – muitos signos escritos nas páginas anteriores acochados no meu corpo. Eu observei hoje, relendo as palavras, a palavra-pé. Você pegou no meu pé. Foi tão simples. Foi tão qualquer coisa acontece no meu coração. (hiato) Desenha para mim um peixe e filma nele meu olho míope. Eu esquecerei só para lembrar. Com o olho fechado. O olho aberto. Sua sombrancelha bonita. Sua clavícula e aspas. Eu andei quilômetros sem sair do lugar. O mar na minha sorte. Houve curiosidade de luz acesa. Eu quero coçar sua boca. Brotar gambiarras nas bocas de nossas naturezas.

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