December 18, 2012

água de colônia

Eu tenho feito poemas antigos. Poemas de vidro e osso e penas e pernas. Eu tenho lido poemas com os brincos pendurados no focinho do meu ouvido. Eu tenho dois nomes, três futuros, um beija-flor. Obterei um serrote para poldar mais um fim. Para ir um pouco mais. Um pouco mais. Banho de rio. Banho de praia. Piscina. Aguamim. Desaguado. Um dia. Depois uma noite, depois uma noite, depois uma noite. Um dia. Um dia. Um dia. Eu te transmeço. Deixo o nome das frutas: amarelo, maré, laranja, sorvete, mouse, um planeta com seu outro amor, lavanda, farelos de tomate no corredor, poços de ternura. Deixo o nome dos dias para entardecer.